sábado, 9 de outubro de 2010
Vermelho, verde e amarelo
O vermelho que colore
corre por entre as veias,
alucina o romântico
e explode quando semea.
Traz a positividade,
ensina o valor da verdade
e mostra o caminho à felicidade,
O verde que tem cheiro de paz,
que recorda o som agudo
do canto que não ouço,
porque som algum faz.
Ouço apenas
a voz que hipnotiza sem tocar,
que leva à lugares que jamais vou estar.
E eu desconheço o meu lugar.
Eu tenho sensações de eternidade,
vejo esboços de felicidade,
sinto torrentes de ansiedade
e o domínio da tranquilidade.
O amarelo é espiritual.
Transcende as casualidades,
dá sentido ao inexplicável,
entende a complexidade
dos sentimentos da humanidade.
E o sentimento é puro,
age como droga,
faz enxergar no escuro,
mas não elimina a dor
que carrega quem perdeu um amor.
E a mente delira
com essa agonia tranquila
de uma dor invisível,
de uma dor insensível.
E a mente se esquece,
e a dor,
desconfia que merece
o abandono de seu dono.
O dono de seu sono,
que só sonha com amor.
Assim pensa o ser pensante.
Assim viaja o viajante.
E por este caminho ele segue adiante
na busca por seu elo
no infinito universo paralelo.
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